Casas de apostas que continuam em Portugal

Casas de apostas que continuam em Portugal

Portugal vive um momento peculiar nas apostas esportivas on-line. A mão pesada do Estado na regulamentação do setor fez muitas casas desistirem de operar no país. Aliás, os portugueses chegaram a passar por um período sem qualquer opção legal de apostas.

Tanto a maneira como a regulamentação foi formatada em Portugal quanto suas consequências interessam diretamente aos brasileiros. Afinal, agora que as apostas foram legalizadas por aqui, vivemos a expectativa da regulamentação. O pior dos pesadelos reside na adoção de um sistema semelhante ao português. Neste, sem dúvida, perdem todos: apostadores, casas e até o próprio governo, que poderia receber mais impostos.

Neste artigo, vamos mostrar quais são as casas que apostas que continuam operando em Portugal.

Casas de apostas em Portugal: entenda o histórico

Antes de mais nada, é preciso entendermos o contexto das apostas esportivas em Portugal. Até 2015, o país estava numa situação semelhante à que o Brasil viveu até a legalização do setor. Dessa maneira, as apostas estavam no chamado mercado cinza, ou seja, não eram legais e nem ilegais.

Mas, em abril daquele ano, o governo português editou a nova legislação. Porém, o que poderia ser bom para todos, transformou-se num grande problema. O excesso de tributação fez com que as casas de apostas deixassem de operar no país. A carga fiscal varia entre 8% e 16% do volume total de apostas.

Aliás, não só os altos impostos, como também a burocracia, foram fundamentais para a debandada. Afinal, o governo passou a controlar, ele próprio, as licenças das casas que desejam operar em território português.

Dois meses depois, a Santa Casa de Misericórdia de Portugal lançava a Placard. Trata-se de uma espécie de loteria, que pode ser feita em pontos físicos, como cafés e papelarias. Porém, conta com poucas opções de mercado e odds irrisórias na comparação com os gigantes das apostas on-line.

Foi somente em maio de 2016 que uma casa de apostas voltou a operar no país lusitano. Era a Betclic, que chegava com cotações e problemas parecidos com os da Placard. Na prática, portanto, a diferença entre uma e outra era somente o local da aposta. Enquanto uma pode ser feita no computador, a outra é efetivada pessoalmente.

Apostas são comuns em Portugal

Assim como o brasileiro, o português é um povo que gosta de apostar. Por consequência, forma um bom cenário para as operadoras. No entanto, como trata-se de um país pequeno, para a maioria delas os potenciais ganhos não compensam os altos impostos.

Um estudo divulgado em setembro de 2018 revela que os portugueses apostam, em média, 14 milhões de euros por dia. É claro que estão incluídos neste número todos os tipos de jogos (até as raspadinhas, que fazem grande sucesso). De todo modo, as cifras impressionam. É como se cada cidadão do país gastasse 1,4 euro diariamente tentando a sorte.

No que diz respeito às apostas esportivas, os valores também vêm crescendo. No primeiro semestre de 2018, o volume total de apostas foi de 190 milhões de euros. E isso contando apenas os sites que operam legalmente no país.

Sites ilegais também operam apostas em Portugal

É possível que você tenha ficado em dúvida ao ler a frase anterior. Afinal, já informamos neste artigo que as apostas estão regulamentadas em Portugal. Então, apenas sites legais deveriam operar, não é mesmo?

Mais ou menos. Ocorre que algumas casas de apostas registradas em outros países continuam aceitando clientes portugueses. Isso mesmo à revelia da vontade do governo, que tenta meios de impedir este acesso via internet. Sem abrir mão da rigidez de sua regulamentação, Portugal acaba deixando para trás valores que poderiam ser arrecadados por impostos.

Casas de apostas que operam em Portugal

Como dissemos lá no início, este artigo vai mostrar algumas casas de apostas que continuam em Portugal.

1 – Betano

Pertencente ao grupo grego Stoiximan/Betano, esta casa chegou recentemente a Portugal, prometendo investimentos pesados. A empresa tem histórico de patrocínios a times e ligas em outros países. Por isso, pode, inclusive, trabalhar pela mudança de patamar das apostas esportivas em terras lusitanas.

 

2 – Nossa Aposta

O que mais chama a atenção na Nossa Aposta é a pujança do grupo a que esta casa pertence. Afinal, ela é o braço para apostas esportivas on-line da Cofina, um dos principais grupos de comunicação de Portugal. A Cofina é a proprietária de jornais como o Correio da Manhã e o Destak, por exemplo. Só para ilustrar, seria como se tivéssemos no Brasil uma casa de apostas ligada, por exemplo, ao grupo Folha.

3 – Bet.pt

Segunda casa a obter a licença para operar em Portugal, a Bet.pt destaca-se pelas inovações. De fato, corriqueiramente o site lança novidades para os apostadores. Uma delas, por exemplo, é uma espécie de plano de fidelização. Assim, quanto mais apostas são feitas, mais pontos o usuário acumula para trocar por bônus ou prêmios.

4 – Betclic

A Betclic é uma velha conhecida dos apostadores portugueses. Antes da regulamentação, a casa chegou a patrocinar 28 equipes do país. Assim, era natural que fosse a primeira a se adequar às novas regras.

5 – Luckia

O trunfo da Luckia para fazer sucesso com os portugueses é a proximidade física. A casa opera na Espanha há um bom tempo e agora mira o mercado do país vizinho. Porém, por conta da legislação, os serviços oferecidos em Portugal não são os mesmos a que os espanhóis têm acesso.

6 – ESC Online

Temos aqui outro exemplo de uma casa de apostas controlada por um grande grupo empresarial português. A ESC Online pertence à empresa que é proprietária dos cassinos de Estoril, de Lisboa e de Póvoa. Só isso, certamente, já garante grande credibilidade à casa.

Regulamentação em Portugal é alerta ao Brasil

Portanto, agora você já sabe quais casas de apostas continuam em Portugal. E como você certamente deve ter notado, nenhuma delas opera no Brasil.

Assim, nos resta torcer para que a regulamentação, por aqui, seja feita da melhor maneira possível. Desse modo, todo mundo sai ganhando, não é mesmo?


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AutorRodrigoGasparini
data11/07/2019


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