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8 provas de que eSport é esporte

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Recentemente, uma polêmica tomou conta da internet no Brasil: eSport é esporte ou não? Isso aconteceu porque a nova Ministra dos Esportes, Ana Moser, declarou que considera os eSports apenas uma forma de entretenimento.

No entanto, a coisa não é bem assim. Em sua declaração, a Ministra mostrou certo desconhecimento sobre o tema e um posicionamento bastante ultrapassado em relação ao assunto.

Quer entender por que os eSports podem, sim, ser considerados modalidades esportivas? Então vem comigo!

Por que o eSport é esporte?

O surgimento dos eSports é muito recente. Por isso, é compreensível que nem todos concordem sobre qual ministério deve se responsabilizar por eles. Entretanto, a afirmação de que eles não são esportes é facilmente desmentida.

Confira, a seguir, as 8 principais razões pelas quais os esportes eletrônicos podem e devem ser considerados esportes.

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1 – Definição

O dicionário define esporte da seguinte forma:

“prática metódica, individual ou coletiva, de jogo ou qualquer atividade que demande exercício físico ou destreza, com fins de recreação, manutenção do condicionamento corporal e da saúde e/ou competição; desporte, desporto.”

O eSport configura uma prática, individual ou coletiva, de jogo ou atividade que demande exercício físico ou destreza? Sim. Ele pode ter fins de recreação, manutenção do condicionamento corporal/saúde ou competição? Certamente.

Então qual é a dúvida? Até é possível debater se a definição de esporte nos dicionários está correta. Mas que os eSports se enquadram nessa definição, não há como discutir.

2 – Evolução

Mesmo que a definição de esporte fosse outra, o dicionário não é uma publicação definitiva e nem dita dogmas. Os verbetes mudam e são atualizados à medida que o mundo evolui. Assim, conceitos antigos seguidamente deixam de ser válidos ou sofrem alterações.

Já houve um tempo em que canhotos eram perseguidos e queimados por bruxaria. Há poucos séculos, a humanidade acreditava que a Terra era o centro do universo. Até a lenda do “manga com leite faz mal” já foi considerada verdade absoluta.

Você consegue imaginar como seria a vida se as pessoas seguissem apegadas a estas ideias? Pois é. Precisamos entender e aceitar que tudo muda e evolui.

Jogar Enduro no Atari em 1990 certamente não era um esporte. Mas treinar e disputar partidas de FIFA, LoL ou CS:GO, recreativa ou profissionalmente, certamente é.

3 – A discussão é mais antiga que os eSports

Muito antes dos esportes eletrônicos, já existiam jogos como xadrez, pôquer e sinuca. Todas essas modalidades – e muitas outras mais – suscitaram o debate sobre o que pode ser considerado esporte ou não.

E sabe como essas discussões transcorreram? De forma extremamente similar às que estão acontecendo atualmente sobre eSports. No início, muitos se negaram a reconhecer que jogos de tabuleiro ou cartas podem ser esportes.

Mas, diante de inúmeras evidências sólidas e argumentações coerentes, acabaram reconhecendo o equívoco. Atualmente, debater se xadrez é esporte ou não faz tanto sentido quanto ter a mesma discussão sobre futebol.

 

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Ana Moser mostrou falta de conhecimento e pensamento ultrapassado em sua colocação
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4 – Existem vários tipos de esporte

Todos concordam que esportes físicos tradicionais, como basquete, tênis e boxe, obviamente são esportes. Ninguém discute que esportes a motor, como Fórmula 1, Kart e Rally, também são modalidades esportivas.

Até os esportes da mente, como são oficialmente o xadrez e o pôquer, já são bem aceitos mundialmente. Então por que com os esportes eletrônicos deveria ser diferente?

5 – Esportes X empresas privadas

Alguns alegam que, como os games são desenvolvidos por empresas privadas, não podem ser considerados esportes. Logicamente, isso não faz sentido algum.

Primeiramente, o conceito de esporte não determina que uma modalidade não possa ser desenvolvida por uma empresa. E, supondo que houvesse problema caso um esporte fosse propriedade de alguma corporação, este não seria o caso dos eSports.

Os games de futebol, por exemplo, não possuem um dono. A Konami produz o eFootball, enquanto a EA Sports produz o FIFA. O mesmo vale para outros gêneros. No MOBA, a Riot tem o LoL, enquanto a Valve tem o DOTA.

O FPS Overwatch é da Blizzard, mas o FPS CS:GO é da Valve. Ou seja, ninguém depende unicamente de uma empresa para ser atleta de jogos FPS.

Também não há nada que impeça outras empresas de criarem eSports de qualquer gênero: eles são, sim, domínio público. Sem falar que praticamente qualquer esporte tradicional tem ligação com empresas privadas ou instituições específicas.

O futebol não é propriedade da FIFA, mas é ela quem dita as regras do esporte. A FIFA pune clubes, determina quais competições são válidas ou não para estatísticas oficiais e por aí vai.

Há, ainda, diversas outras empresas das quais os esportes dependem. Ninguém produz sua própria bola para jogar basquete ou sua raquete para jogar tênis. As pessoas compram os equipamentos de marcas especializadas.

O mesmo vale para o aluguel de campos de futebol, manutenção de quadras e assim por diante. O que há de tão diferente entre pagar uma quadra para jogar bola ou pagar a EA Sports para jogar FIFA?

“- Ah, mas se eu quiser, posso fazer uma bola de meia e jogar futebol na rua sem depender de empresas.”

Sim, certamente você tem essa possibilidade. Assim como você também pode desenvolver seu próprio MOBA e jogar sem depender da Valve ou da Riot.

E não esqueça que, mesmo para jogar com uma bola de meia, há empresas e marcas envolvidas. Quem produziu as meias da bola? E as Havaianas que você usa como trave? Quem pavimentou a rua?

De onde vêm seus tênis/chuteiras? Até para jogar descalço nós dependemos empresas. Depois de arrancar o tampão do dedo no asfalto, você certamente vai precisar de Merthiolate e Band Aid.

Por fim, essa distinção entre o privado e o público parece ser menos clara em esportes jovens de maneira geral. O MMA é quase um monopólio do UFC, que controla mais de 90% do mercado.

Muita gente, inclusive, acha que a empresa UFC é o próprio esporte e nem conhece o termo “MMA”. Você já ouviu alguém dizendo que, por causa disso, Artes Marciais Mistas não são esporte?

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Quanto mais o assunto é discutido, mais claro fica que eSport é esporte
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6 – eSports X entretenimento e cultura

Ana Moser disse que considera eSports entretenimento e que eles devem ser responsabilidade do Ministério da Cultura. Mas, para embasar sua afirmação, precisou utilizar um argumento falacioso amparado por uma falsa simetria.

A ex-jogadora de vôlei falou que a cantora Ivete Sangalo também treina para fazer um show e não é atleta. Por isso, segundo ela, os atletas de eSports não podem ser considerados atletas.

Mas quando a Ivete sobe no palco, quem ela enfrenta? Contra quem ela canta? De forma alguma a profissão de um atleta e de um cantor são análogas. O fato de treinar ou não também passa longe de determinar alguma coisa.

Lembra que o Romário, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, seguidamente não treinava? Isso significa que ele não deveria ser considerado um atleta, então?

Outro equívoco da Ministra reside na seguinte declaração:

“O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte.”

Mas qual é o esporte, afinal, totalmente imprevisível? Absolutamente nenhum. Todas as modalidades têm regras, limites e possibilidades finitas. O futebol não é aberto nem 100% imprevisível.

Ele acontece dentro de quatro linhas nas quais os jogadores podem fazer algumas coisas, mas outras não. Exatamente como no MOBA ou no FPS.

O LoL é sempre dentro de Summoner’s Rift e o objetivo é sempre destruir o Nexus do adversário? Pois o futebol é sempre dentro do campo e o objetivo é sempre colocar a bola dentro do gol adversário.

Moser tentou argumentar que eSports não são esportes, mas não conseguiu explicar por que seriam cultura ou entretenimento. Atirar em personagens virtuais é uma atividade “mais cultural” do que chutar uma bola?

Assistir ou jogar futebol entretém menos do que assistir ou jogar Valorant? Por essa lógica, se os esportes eletrônicos devem ser responsabilidade do Ministério da Cultura, os esportes tradicionais também.

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7 – Quem faz o esforço?

Outro argumento ingênuo é que, nos eSports, o esforço é dos personagens virtuais e não dos jogadores humanos. Mas qual é o esporte eletrônico no qual o jogador não faz nada? Ninguém jogaria um game assim.

Em literalmente qualquer jogo, é o humano que comanda as ações. Diversos gamers sofrem com tendinite ou outros problemas de saúde por causa do esforço realizado. Sem falar, é claro, da enorme quantidade de modalidades tradicionais que derrubam essa teoria.

No hipismo, o maior esforço é o do cavalo. No automobilismo, do carro. No tiro esportivo, da arma. Alguém discute se estas atividades são esportes ou não?

 

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brTT, FalleN e Nobru são jogadores brasileiros de sucesso nos esportes eletrônicos

8 – Atividade física e saúde

Algumas pessoas acreditam que, para ser considerada um esporte, a atividade precisa ser predominantemente física. Isso é válido como uma preferência ou crença particular, mas não como um critério para determinar o que é esporte.

Como vimos no começo do artigo, a definição de esporte não exige que haja exercício físico envolvido. Se fosse simples assim, pedreiros, dançarinos e participantes de alguns Reality Shows seriam considerados atletas.

Sem falar que os eSports trazem, sim, benefícios físicos. Eles melhoram a destreza, raciocínio, reflexos, inteligência e diversas outras habilidades.

É óbvio que o condicionamento de um gamer dificilmente vai ser tão bom quanto o de um jogador de basquete. Mas ser atleta de eSport e realizar exercícios físicos não são atividades excludentes.

Em casos específicos, competir sentado em uma cadeira pode até ser mais saudável do que correndo. Como, por exemplo, o do atacante argentino Sergio Agüero, que precisou se aposentar do futebol por problemas cardíacos.

Se não podem realizar esforço físico, pessoas como Agüero não têm direito a praticar esportes?

Conclusão

Por todos esses motivos e outros mais, é seguro afirmar que, sim: eSport é esporte. Mas a verdade é que essa polêmica é vazia, pois “esporte” é apenas uma palavra.

Tanto faz se a atividade for chamada de entretenimento, esporte, cultura, plim-plom-plum ou qualquer outra coisa. Isso não muda nada para o jogo em si.

Essa discussão tem muito mais a ver com vaidade e disputa de egos do que com o bem dos esportes. O importante é que os eSports tenham, sim, o incentivo e o amparo de algum ministério. Não importa se o da Cultura, dos Esportes ou qualquer outro.

Afinal, estamos falando de uma modalidade que cresce muito, inclui, transforma, gera empregos, movimenta a economia e muito mais. A questão que realmente importa é: você prefere evoluir junto com o mundo ou ficar ultrapassado?

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Hoje em dia, todas as melhores casas de apostas oferecem mercados em eSports. Mas nossa recomendação para você é um site que já nasceu com foco nos esportes eletrônicos: a Rivalry.

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