Especialistas discutem Final Four da NCAA


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via Jumper Brasil

Kentucky, Wisconsin, Duke e Michigan State venceram suas regiões no Torneio da NCAA e, agora, entram em quadra neste sábado para disputarem as duas vagas na grande final da temporada universitária, que acontecerá na próxima segunda-feira (6). Os dois confrontos do Final Four e a decisão vão ser transmitidos ao vivo pelos canais ESPN e BandSports no Brasil.

Por isso, nesta semana, nós convocamos dois integrantes do Jumper Brasil – Gustavo Lima e Ricardo Stabolito Jr. – e dois convidados especiais (Vitor Camargo, do blog Two Minute Warning, e Leonardo Sasso, gestor do perfil College Basketball BR no twitter), para discutir o que já aconteceu no Torneio da NCAA e o que ainda está por vir neste Final Four.

Quem surpreendeu? Quem decepcionou? E, no fim das contas, quem será o campeão? Nossa equipe opina…

1. Quem é a grande surpresa do Final Four?

Gustavo Lima: Michigan State. Em relação à temporada passada, o time se enfraqueceu com as saídas dos dois principais atletas (Gary Harris e Adreian Payne, agora na NBA). Além disso, a trajetória de Michigan State na campanha regular (23-11) foi marcada por muitas dificuldades de ajuste. Os Spartans não eram um dos favoritos para chegar ao Final Four, mas fica a lição: nunca duvide de Tom Izzo no March Madness.

Ricardo Stabolito Jr.: Michigan State é a única alternativa possível, acho: o único entre os finalistas que não era o cabeça-de-chave #1 de região. Mas, mesmo assim, não chega a ser um enorme choque: MSU tem um elenco bem experiente liderado por um treinador calejado (Izzo). O mundo não é feito só de prospectos.

Vitor Camargo: Tem que ser Michigan State, certo? Mesmo com Tom Izzo, MSU ainda era um cabeça-de-chave #7 que decepcionou na temporada regular. Aí Justin Anderson não se recuperou a tempo por Virginia, Villanova caiu cedo e o Spartans jogou seu melhor basquete para chegar ao Final Four com os outros três #1.

Leonardo Sasso: Michigan State. Poucos apostavam nos Spartans, mas Tom Izzo acertou e motivou o elenco no momento certo. Até por isso, seu apelido é “March Izzo”: ele consegue resultados expressivos no Torneio. A defesa está muito sólida e a dupla Travis Trice/Denzel Valentine faz a diferença no ataque. Potencial de surpresa no Final Four.

2. Qual foi a grande decepção no Torneio da NCAA?

Gustavo Lima: Iowa State. Ser eliminado na primeira rodada pela desconhecida UAB foi a maior zebra da competição. Eles tinham um plantel homogêneo, experiente, um treinador capacitado (Fred Hoiberg) e vinham do título da forte conferência Big 12. Por isso, eu considerava os Cyclones um dos postulantes a uma vaga no Final Four.

Ricardo Stabolito Jr.: Iowa State. Neste ano, eles foram os responsáveis por manterem minha escrita de sempre ter um dos times que coloco no Final Four perdendo já na primeira rodada.

Vitor Camargo: Villanova. Foi o segundo melhor time da temporada universitária e mostrou enorme consistência ao longo do ano… só para perder a cabeça na hora H e sair ao enfrentar o primeiro sinal de desvantagem no Torneio. Não foi nem pela derrota em si, mas pela forma como aconteceu: perdendo o controle contra um time muito inferior.

Leonardo Sasso: Villanova e Iowa State. A primeira é óbvia: um cabeça-de-chave #1 ser eliminado na rodada dos 32 é muito zebra. Já na segunda, apostava-se alto por ter vencido o torneio da Big 12 (derrotando Kansas) e acabou sendo a primeira zebra do Torneio. Duas grandes decepções.

3. Qual prospecto mais beneficiou sua projeção no draft com as atuações do Torneio?

Gustavo Lima: Sam Dekker. O ala de Wisconsin vem atuando em alto nível na competição, com médias de 21.8 pontos, 5.5 rebotes e aproveitamento de 48.2% nos tiros de três pontos. Antes cotado para o fim da primeira rodada, ele já é especulado agora até como escolha de loteria. Menção honrosa a Justise Winslow, principal jogador de Duke no Torneio.

Ricardo Stabolito Jr.: Sam Dekker. Clássico caso de talento que encontra atitude e um tanto de regularidade no momento certo. Ele deixou os lampejos inconstantes para trás e mostrou tudo o que pode fazer, com postura agressiva e sem oscilações, na hora em que todos estão assistindo. O Dekker do Torneio é a escolha de loteria que muitos esperam que seja.

Vitor Camargo: Sam Dekker. Ele e Justise Winslow são os melhores do Torneio até aqui, mas o ala de Wisconsin tem mais espaço para subir sua cotação. Sempre teve talento, mas agora mostra mais agressividade e consistência, além de estar arremessando brilhantemente de longa distância. Confirmou-se na primeira rodada. Menção honrosa também para Jacob Poeltl.

Leonardo Sasso: Justise Winslow e Karl Anthony-Towns. O primeiro mostrou que não tem apenas uma defesa incrível, mas também ataca a cesta com qualidade e tem potencial nos arremessos de perímetro. O segundo apresentou-se bem melhor no ataque neste Torneio e isso pode beneficiá-lo no confronto contra Jahlil Okafor (Duke) pela primeira escolha do draft.

4. Se você pudesse retirar um time do Final Four e colocar outro, quem sairia e quem entraria?

Gustavo Lima: Difícil essa, hein? Gosto dos quatro times que sobreviveram ao March Madness, mas para não ficar em cima do muro vou de Notre Dame no lugar da zebra Michigan State. Os Fighting Irish foram campeões da fortíssima conferência ACC e estiveram muito perto de eliminar a toda poderosa equipe de Kentucky.

Ricardo Stabolito Jr.: Para ser sincero, acho que não mudaria nada. Os finalistas foram bem certeiros neste ano – e quem decepcionou, decepcionou pra valer. Deixa assim.

Vitor Camargo: Notre Dame no lugar de Michigan State. Todos viram o que ND fez contra Kentucky, certo? Eles já haviam feito um ótimo jogo contra Duke neste ano e, com essa mudança, teríamos um terceiro round entre ambas e uma possível revanche contra UK na grande final.

Leonardo Sasso: Notre Dame no lugar de Michigan State. Mas é uma decisão muito difícil. ND mostrou um basquete encantador no Torneio e quase eliminou a invicta Kentucky. MSU é o time menos qualificado entre os quatro finalistas e, só por isso, seria quem sairia.

5. Quem será o campeão nacional deste ano?

Gustavo Lima: Kentucky. Simplesmente tem o melhor time, a rotação mais profunda, a defesa mais consistente entre os sobreviventes e 38 jogos de invencibilidade. Mas alguns podem pensar que apostar em Kentucky é muito fácil. Nesse caso, deixo aqui uma menção honrosa a Wisconsin da dupla infernal Sam Dekker e Frank Kaminsky. É desse confronto que sairá o campeão.

Ricardo Stabolito Jr.: Kentucky. Embora acredite que Wisconsin tem chances consideráveis de derrubar os favoritos, é difícil apostar contra uma equipe invicta a essa altura dos eventos.

Vitor Camargo: Wisconsin, nem que seja porque apostar em Kentucky é fácil demais. Sua atuação contra Arizona foi a melhor de qualquer time que vi no Torneio. Dekker e Kaminsky estão pegando fogo na hora certa. O ataque disciplinado e cerebral será chave para impedir pontos fáceis em transição para UK. Esse confronto é a verdadeira final antecipada deste ano.

Leonardo Sasso: Kentucky. Dizer que os Wildcats são um time de NBA no universitário é um exagero, mas, com certeza, o elenco é habilidoso e fortíssimo fisicamente. Rotação com nove jogadores de nível ótimo. Serão batalhas complicadas, mas acho que UK sai vencedor.


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AutorApostasFC apostasadmin
data04/04/2015


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