Com a morte do Papa Francisco, o mundo volta os olhos ao Vaticano, onde ocorre o Conclave de 2025 para eleger o novo líder da Igreja Católica. Entre os 133 cardeais com direito a voto, sete são brasileiros — e, curiosamente, todos têm um time de futebol do coração. A ligação entre futebol e fé, tão presente na cultura brasileira, também marca presença no processo que pode eleger o próximo papa.
Embora nenhum dos cardeais brasileiros esteja entre os principais favoritos, a curiosidade aumenta: e se o novo papa for do Brasil, qual seria o seu time?
Cardeais brasileiros no Conclave e seus clubes
Entre os representantes do Brasil, Dom Odilo Scherer (Athletico-PR e Santos), Dom Orani Tempesta (Santos), Dom Paulo Cezar Costa (Vasco), Dom Raymundo Damasceno Assis (Botafogo), Dom Sergio da Rocha e Dom João Braz de Aviz (Palmeiras), e Dom Leonardo Steiner (Criciúma e Inter de Milão) mantêm viva a paixão nacional mesmo no centro da Igreja.
O cardeal colorado: o papa torcedor do Internacional?
Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é torcedor declarado do Internacional. Natural de Gaspar (SC), ele recebeu uma camisa do clube gaúcho como presente em sua posse em 2013, dada por um ex-padre ligado ao clube.
Com bom humor e sensibilidade, Dom Jaime já comentou sobre sua preferência em entrevistas, dizendo que torce por “aquele time que tem como referência uma cor quente”, referindo-se ao vermelho do Inter. Sua fala poética destaca o carinho com que encara a rivalidade Gre-Nal no Rio Grande do Sul.
Embora ainda não esteja entre os favoritos nas análises do Vaticano, Dom Jaime Spengler é uma figura influente dentro da Igreja brasileira, e a possibilidade de um papa colorado desperta o orgulho dos torcedores do Inter.
Palmeiras tem torcida dobrada no Vaticano
O Palmeiras aparece duas vezes entre os cardeais brasileiros. Dom João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, foi palmeirense na juventude. Já Dom Sergio da Rocha, que hoje lidera a Arquidiocese de Salvador, é declarado torcedor do Verdão, reforçando a presença do clube no Vaticano.
Vasco, Botafogo e Criciúma também estão representados
O arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, torce para o Vasco, enquanto Dom Raymundo Damasceno Assis, que já passou dos 80 anos e não pode votar, é botafoguense. Dom Leonardo Steiner, o “cardeal da Amazônia”, é torcedor do Criciúma, e também simpatiza com a Inter de Milão.
Papa Francisco e a paixão pelo futebol
Durante 12 anos de pontificado, o Papa Francisco nunca escondeu seu amor pelo futebol. Torcedor fanático do San Lorenzo, da Argentina, ele frequentemente citava o esporte como símbolo de fraternidade e união. A tradição pode continuar, caso um cardeal brasileiro — especialmente um colorado — assuma o trono de São Pedro.
