A Seleção Brasileira vive um momento de incerteza crítica a apenas um mês do confronto decisivo contra o Equador pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Após 38 dias da demissão de Dorival Júnior, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não anunciou um substituto, mantendo esperanças quase exclusivamente na contratação do técnico Carlo Ancelotti.
A CBF, liderada por Ednaldo Rodrigues, mantém o técnico italiano como plano A, mesmo com o vínculo ativo com o Real Madrid até meados de 2026. Apesar das conversas avançadas desde o início do ano, o impasse com o clube espanhol tem travado a negociação. Ancelotti já expressou que não pedirá demissão, colocando nas mãos de Florentino Pérez qualquer decisão sobre sua liberação.
O clássico entre Real Madrid e Barcelona no próximo domingo pode ser decisivo para o futuro do treinador, mas a Seleção Brasileira corre contra o tempo. A lista de convocados para os jogos contra Equador e Paraguai precisa ser enviada à FIFA até o dia 18 de maio. Sem treinador, a responsabilidade recai sobre os dirigentes Rodrigo Caetano e Juan, que devem enviar uma lista preliminar com mais de 50 nomes.
Enquanto a indefinição com Ancelotti permanece, Jorge Jesus e Abel Ferreira seguem como alternativas. Jorge Jesus, recém-demitido do Al Hilal, está livre no mercado e já teve conversas preliminares com a CBF. Já Abel, apesar da pressão interna na entidade, ainda não foi procurado formalmente. Ele tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2025 e estará à frente do time no Mundial de Clubes em junho.
Outro fator que pode impactar a decisão é o assédio de clubes da Arábia Saudita a Ancelotti, com propostas milionárias na casa dos R$ 225 milhões por ano. Isso torna o cenário ainda mais instável e reduz o controle da CBF sobre o desfecho das negociações.
A apresentação da Seleção está marcada para 2 de junho no CT Joaquim Grava, do Corinthians, com estreia marcada para o dia 5 de junho, contra o Equador, em Guayaquil. O jogo contra o Paraguai será no dia 10, na Arena Corinthians, em São Paulo.
A CBF se vê, portanto, em uma corrida contra o relógio, sem garantias de que o seu principal alvo aceitará assumir o comando da equipe a tempo. A insistência em Ancelotti, apesar das incertezas, deixa a Seleção Brasileira em compasso de espera, gerando críticas e aumentando a pressão sobre a cúpula da entidade.
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