Na manhã desta segunda-feira, 21 de abril de 2025, o mundo despediu-se de uma figura marcante da história recente: Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu aos 88 anos, no Vaticano. A notícia foi confirmada oficialmente às 7h30 (horário de Roma), gerando comoção em todos os continentes.
Primeiro Papa latino-americano e jesuíta a liderar a Igreja Católica, Francisco deixa um legado que ultrapassa as fronteiras da fé. Seu carisma, simplicidade e compromisso com os mais pobres conquistaram até mesmo os mais céticos. Mas há outro aspecto de sua vida que cativou multidões, especialmente na América do Sul: sua paixão pelo futebol.
Última aparição: despedida discreta e simbólica
No domingo de Páscoa, em 20 de abril de 2025, o Papa fez sua última aparição pública na Praça de São Pedro, diante de milhares de fiéis. Visivelmente debilitado, saudou a multidão com um gesto de bênção, mas não conseguiu fazer a tradicional leitura da mensagem “Urbi et Orbi”, delegando essa tarefa a um de seus assistentes.
Essa despedida emocionou os presentes, que já pressentiam que aquele poderia ser o último adeus. Francisco vinha enfrentando problemas respiratórios severos, e sua internação recente por pneumonia gerou preocupação global. Após 37 dias no hospital, recebeu alta, mas sua condição permanecia frágil.
Uma vida de fé e bola: o torcedor do San Lorenzo
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires, sempre foi transparente sobre seu amor por seu clube do coração: o San Lorenzo de Almagro, um dos cinco grandes do futebol argentino. Mais do que um simples simpatizante, era sócio número 88.235 do clube.
Ele mesmo contou que, quando jovem, costumava frequentar os jogos com seu pai, e essa paixão o acompanhou por toda a vida. Mesmo após se tornar Papa, em março de 2013, não deixou de acompanhar os resultados do San Lorenzo – ainda que à distância. Segundo fontes próximas, ele não assistia aos jogos por uma decisão pessoal, mas um guarda suíço lhe entregava os resultados atualizados após cada partida.
Em 2014, um ano após sua eleição, o San Lorenzo conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez em sua história. A conquista foi recebida com entusiasmo pelo Papa, que recebeu a delegação campeã no Vaticano, demonstrando seu orgulho como torcedor. Para os fãs do clube, o “milagre” da Libertadores foi uma coincidência divina — ou não.
Encontros celestiais com ídolos do futebol
Durante seu papado, Papa Francisco abriu as portas do Vaticano para nomes emblemáticos do esporte. Craques como Diego Maradona, Lionel Messi, Ronaldinho, Gianluigi Buffon, Dani Alves, entre outros, foram recebidos em audiências privadas ou eventos especiais. Francisco via o futebol como uma poderosa ferramenta de integração e inclusão.
Em uma ocasião marcante, declarou:
“O futebol é uma escola de vida. No campo, aprendemos a nos sacrificar, a jogar em equipe, a respeitar o adversário.”
Apesar de Pelé nunca ter visitado o Papa pessoalmente, houve uma troca de admiração mútua. O Rei do Futebol enviou uma camisa da Seleção Brasileira autografada especialmente para o pontífice, e Francisco retribuiu com palavras de carinho e respeito público por Pelé, além de ter declarado diversas vezes sua admiração por Maradona e Messi.
Reformador da Igreja, voz dos pobres
Com o falecimento do Papa, a Igreja Católica entra agora em “Sede Vacante”, período no qual todas as atividades administrativas ficam a cargo do Camerlengo até a realização do Conclave — reunião dos cardeais com menos de 80 anos que escolherão o próximo pontífice.
Entre os nomes mais cotados estão:
- Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano e próximo de Francisco;
- Cardeal Matteo Zuppi, italiano conhecido por seu trabalho com migrantes;
- Cardeal Luis Antonio Tagle, filipino e voz relevante na Ásia.
A fumaça branca que sairá da chaminé da Capela Sistina nos próximos dias anunciará ao mundo o novo sucessor de Pedro. Será que teremos outro latino-americano? Ou será a vez de um africano ou asiático assumir?
O conclave e a expectativa pelo novo Papa
Com o falecimento do Papa, a Igreja Católica entra agora em “Sede Vacante”, período no qual todas as atividades administrativas ficam a cargo do Camerlengo até a realização do Conclave — reunião dos cardeais com menos de 80 anos que escolherão o próximo pontífice.
Entre os nomes mais cotados estão:
- Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano e próximo de Francisco;
- Cardeal Matteo Zuppi, italiano conhecido por seu trabalho com migrantes;
- Cardeal Luis Antonio Tagle, filipino e voz relevante na Ásia.
A fumaça branca que sairá da chaminé da Capela Sistina nos próximos dias anunciará ao mundo o novo sucessor de Pedro. Será que teremos outro latino-americano? Ou será a vez de um africano ou asiático assumir?
Repercussão global e homenagens
O falecimento do Papa gerou manchetes globais. Líderes políticos, religiosos e personalidades do esporte e da cultura lamentaram a perda. O San Lorenzo, em comunicado oficial, disse:
“O Papa Francisco foi, é e sempre será um de nós. Descanse em paz, querido Ciclón.”
Na Argentina, o governo decretou sete dias de luto oficial, e missas foram celebradas em todo o país em sua memória.
Nas redes sociais, jogadores como Lionel Messi e Ángel Di María publicaram homenagens emocionadas, lembrando encontros com o Papa e suas palavras inspiradoras.
Impacto simbólico no mundo esportivo
A relação do Papa com o futebol ultrapassava a paixão clubística. Francisco via o esporte como instrumento de paz. Criou a Partida pela Paz, evento que reuniu jogadores de diversas nacionalidades e religiões com o objetivo de promover a convivência e o diálogo.
Com sua morte, clubes, federações e entidades como a FIFA e a CONMEBOL enviaram notas de pesar. Espera-se que os próximos jogos da Libertadores, especialmente aqueles envolvendo o San Lorenzo, tenham homenagens especiais.
Conclusão: um Papa de fé, bola e povo
O mundo perde uma liderança carismática e acessível. Francisco foi um Papa dos gestos simples, que optou por morar na Casa Santa Marta em vez do palácio apostólico, que lavou os pés de presos e refugiados, que defendeu o meio ambiente e que nunca escondeu sua alegria ao falar de futebol.
Sua figura uniu fé e cultura popular, religião e esporte, Vaticano e arquibancada. Para muitos, Francisco foi mais que o sucessor de Pedro — foi o “Papa da Gente”.
Com sua morte, abre-se um novo capítulo na história da Igreja Católica. Mas o legado de Francisco — como reformador, pastor e torcedor — permanecerá por gerações.